quinta-feira, 24 de março de 2011

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Há poesia em todas as coisas.
Seja nos olhos da amada
Seja nos olhos de um cão
Olhos vazios
Olhos vivos
Olhos mágicos

Pássaros e o vento
Brisa fresca da tarde
Céu-mar, crepúsculo tardio
Quintal de casa

Hoje mirei nas asas de uma borboleta
Radiante amarelo solar, vivo como a mesma
E negras rajas de morte, noite, escuro

Pousada numa folha em meu jardim
Enquanto eu a observava...
Pensei.
Quem me dera vê-la mais claramente

Dessa forma...

Meus versos se tornariam soberbos
Como as visões comuns de um jardim caseiro

Lucas Boina

domingo, 20 de março de 2011

Nathalia no ponto.

Conseqüência da sorte
Surpresa, vice-morte.
Um momento...
É ela mesma!

_Nathalia, Nathalia!_ Gritei.

“hahaha, Pirei”_ Falei baixinho.

Pensei...
Por um segundo sobre a situação
Dois segundos pensando se eu descia do ônibus
Três reclamando pra mim mesmo que não poderia
Quatro contemplando a surpresa da menina saltitante
Cinco pra cair à ficha que a porta havia fechado
E eu já tinha me distanciado.

15 segundos, menos 5 da minha insatisfação...
Somados com a viajem do ponto ao terminal
20 minutos pensando em como 10 segundos silenciosos com você me fizeram tão bem

Bem clichê isso tudo...
Porém, existe algo mais clichê que o amor?
Minha vontade e de te dar umas palmadas
Senti-me comum pela eternidade de alguns minutos.

Lucas Boina

P.s: Segunda vez que escrevo alguma coisa pra alguem em minha vida.