domingo, 29 de janeiro de 2012

Karen

Um tiro na cabeça... O corpo caiu da ponte e fim.

_ Aonde você vai Karen?
_ Embora daqui...
_ Embora? Vai, mais é melhor você não voltar dessa vez.
_ Eu sei, mas tenho que resolver umas coisas.
_ Você nunca vai chegar a lugar nenhum mesmo. Desgosto
_ É o que me dizem sempre.
_ Sua vadiazinha subnutrida. Vai embora daqui. Agora!
_ Estou indo...
_Aproveita e dá um “oi” pro seus amiguinhos.

Uma porta se abre e se fecha. ( Obs: Aqui... O começo.)

Fim

Escrevo sobre a sensação de ver uma pessoa da mesma maneira que se lê um poema em uma folha de papel em branco.
Solitário, nu e deitado em minha cama. Fico eu pensando em uma garota que acabo de ver em uma tela. Nada de toque, minhas mãos estão repousando atrás de minha cabeça em quanto o resto de meu corpo está estirado ao longo dos lençóis. Erótico e sensual era sua face mole de lábios trincados e olhos vermelhos como de um coelho. A obra prima da natureza é a própria natureza e o meu ser como raça não se extirpa disso, todos são naturalmente perfeitas pinturas de Deus, mas ela naquele momento era o ápice da minha pinóia alucinante e logo assim, a gravura mais singular e divina de uma extensa galeria de observações.

Fechei meus olhos, senti o vento frio da madrugada afagar minha pele, um arrepio na barriga, senti minha boca úmida esfriar... Levantei-me.

... Um lápis e um bloquinho:

“... Escrevo sobre a sensação de ver uma pessoa da mesma maneira que se lê um poema em uma folha de papel em branco...”.

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