sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Só-ébrio.

A sobriedade de estar só
Só no canto da cama
Só na sala de estar
Só assistindo tevê
Só na mesa de jantar

E, talvez uma vez ou outra
Pequenas goladas de paixão
Uma boca molhada de ilusão
Vem na noite a calhar

A madruga em claro
Escrevendo Palavras
Escrevendo Palavras
Escrevendo Palavras
Escrevendo Palavras
Escrevendo...
As ambições

Ambição de querer flertar
Com alguém, Com ninguém
Com nada e com o tudo
O que quero eu?
Ou melhor... O que sei eu?
De nada gosto nem desgosto

Sou poeira no vento do destino
Destino de meus amores
Destino dos meus horrores
Destino das minhas flores
E das hortaliças de meu jardim

Olhando distraído
...
Mas uma vez, sentado sozinho
Bebendo uma taça de Martine
Visão embaçada e distante...
Sã por assim estar.

Lucas Boina

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