Há beleza em putas e vagabundos
Há um ar adocicado nos ébrios e imundos
Há aroma de rosas em mendigos e tarados
Como há de fato,
Salpiques de poesias nesse texto mal pensado
Rico
Pobre
Plebe
Nobre
Não há amor sem desgraça
Não a Romance sem cachaça
Digo,
Pureza sem o decadente, tédio ou sacanagem... Enfim,
O que seria da pureza?
Qual seria a graça de orar?
Qual seria a graça em se preservar?
Onde arrumaríamos bons filmes?
Ou melhor, onde beberíamos de um bom vinho?
Um lugar para ver o jogo no fim da tarde?
Um cantinho para nos aventurarmos com a amada?
Ou ate mesmo com aquela... que, bem... não é tão amada assim!
Ou pior... De onde arrancaria inspiração os poetas?
O que seria um canto sossegado, se não só um canto?
O que seria uma mulher, se não mais uma mulher?
Aos puritanos que rejeitam a cachaça e o cigarro
Pois bem, pereçam virgens e solitários...
Prefiro lamber do verde musgo de mil vaginais doentes.
A usar ternos e máscaras fingindo conservadorismo.
Retomando o assunto, porque eu sempre dou um jeito de desvirtuar o texto.
Sim,
Há poesia
No mais triste e sujo infeliz largado numa esquina bêbado morrendo de risos forçados olhando para uma grande poça de vômito vermelho desejando no fundo se matar...
Ou numa prostituta degenerada deitada em um canto da cama suja de sangue depois de vários orgasmos falsos e dores fortes pós-coito...
Também em qualquer esculacho que você adoraria zombar ou transformar numa forma de ofensa...
Há “Glamour” no “decadente”, afinal, se você sofre você terá uma historia pra contar.
Lucas Boina
quarta-feira, 13 de julho de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário